Avanços no conhecimento das doenças mentais

Nestes últimos anos, a depressão e os transtornos de ansiedade, como o pânico e a fobia social, tem ocupado um bom espaço na mídia em geral. Todos já ouvimos sobre estes assuntos em revista, jornais e até artistas estão assumindo que já sofreram de algum transtorno mental. Isto é muito bom, pois diminui o tabu a respeito destas doenças, facilitando com que as pessoas as identifiquem e procurem ajuda. Mas toda esta mídia em cima destes transtornos está diretamente ligada às modificações que a medicina sofreu nestes últimos anos na área da psiquiatria. A década de 90 foi considerada a década do cérebro. Terminamos a década do cérebro e estamos iniciando a década da biologia molecular. Conhecemos as células e agora buscamos os gens. Nas décadas de 70 e 80 houve um grande avanço no conhecimento de como o cérebro funcionava. Descobriu-se que os neurônios, as células que constituem a base do nosso sistema nervoso central, se comunicavam através de mediadores. Isto é, substâncias químicas que eram liberadas por uma célula e que ao chegarem à outra modificavam o funcionamento desta segunda célula, e o resultado disto era  uma modificação do nosso humor, por exemplo. Assim, definiu-se melhor como nosso humor poderia ser modificado: através destes mediadores, os quais muitos de nós já ouvimos falar: serotonina, noradrenalina, dopamina, opióides e muitos outros. A partir destes conhecimentos foi possível desenvolver-se novas medicações que são usadas não só para o alívio dos sintomas como para o tratamento destes transtornos.

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