O carbonato de lítio é o mais antigo estabilizador de humor utilizado para o tratamento do Transtorno de Humor Bipolar. Sua ação “calmante” foi descoberta por acaso em 1949. A partir desta observação, o lítio foi testado em pacientes maníacos com melhora acentuada dos seus sintomas. Atualmente o lítio é indicado tanto para a fase maníaca do Transtorno Bipolar como a depressiva, sendo também muito eficaz na fase de manutenção do tratamento. É considerado um dos melhores estabilizadores de humor disponíveis.
Uma vez ingerido, é rapidamente absorvido e sua eliminação do corpo se faz através dos rins. Assim, pessoas com doenças renais e idosas devem ter um maior controle no seu uso.
Devido a algumas características do lítio, antes de iniciar o uso, recomenda-se uma avaliação clínica, especialmente da função da tireoide e renal. A dose terapêutica varia muito de pessoa para pessoa, porém o controle da mesma deve ser realizado através da dosagem no sangue. A coleta do sangue deve ser feita 12 horas após a tomada da última dose. O tempo decorrido entra o uso do lítio e a coleta do sangue é muito importante para a fidedignidade do resultado. Uma dose muito alta pode levar à intoxicação, que se apresenta com náuseas, vômitos, dor abdominal, diarreia, tremor grosseiro, etc. Uma vez que o lítio não está presente em nosso organismo normalmente, o resultado da sua dosagem, quando não se faz uso desta medicação, será muito baixa ou indetectável, o que não deve ser confundido com “falta de lítio no corpo”.
O lítio pode ser utilizado em crianças ou em grávidas após avaliação criteriosa do médico. Como ele é excretado no leite, a amamentação também deve ser bem avaliada.
