Distimia é uma palavra que vem do grego e significa “mal humorado”. É um transtorno crônico que se caracteriza pela presença de humor deprimido, na maior parte do dia por pelo menos dois anos consecutivos. Frequentemente estão associadas outras características como alterações do sono, baixa autoestima, baixa energia, concentração diminuída e dificuldade de tomar decisões. A incidência da Distimia na população em geral é em torno de 3%. Pode iniciar na infância e frequentemente leva a prejuízos na vida escolar, profissional e social. Antigamente a distimia era conhecida como neurose depressiva, depressão neurótica, neurastenia, melancolia e já foi considerada como um transtorno de personalidade devido ao longo curso da doença. A pessoa “acha que ela é assim” e não percebe que está doente. A distima predispõe ao aparecimento de outros transtornos, como pânico, depressão maior ou TOC.
As causas deste transtorno não estão totalmente esclarecidas, mas sabe-se que participam fatores biológicos e psicossociais. Geralmente encontra-se na família do distímico familiares também com distima e com depressão.
Para o tratamento, obtém-se melhor resultado com a associação de psicoterapia e medicação. As medicações são as mesmas utilizadas para tratamento da depressão, contudo, pode-se pensar que, como é um transtorno cujos sintomas são mais leves, o tratamento é mais rápido e fácil. Pelo contrário, sabe-se que a resposta às medicações geralmente ocorrem com doses mais altas e dependem do uso continuado das mesmas por até um mês para se avaliar a resposta.
Anos de distimia condicionam uma maneira depressiva de viver.
