Pânico é uma crise aguda de ansiedade que se inicia de forma abrupta, sem qualquer fator desencadeante. As características principais da crise do pânico são:
- sensação de sufocamento ou de que o ar não entra nos pulmões;
- medo de morrer;
- tontura;
- formigamento das mãos e/ou braços;
- enjôo;
- aceleração dos batimentos cardíacos;
- sensação de que vai desmaiar.
Normalmente o pânico ocorre quando a pessoa está passando por um período mais estressante ou sob estresse, mas também pode ocorrer em qualquer momento da vida. Pode, inclusive, ocorrer à noite, durante o sono. Devido aos intensos sintomas físicos na crise, normalmente o indivíduo procura atendimento num clínico geral ou cardiologista, não sendo constatada qualquer alteração física. Após um primeiro episódio de pânico, o receio de que outra crise ocorra pode se tornar persistente, levando o indivíduo a controlar quaisquer alterações no seu funcionamento corporal. Um aumento da frequência cardíaca ou falta de ar, mesmo em situações nas quais seriam normais, como na atividade física, pode ser confundido como uma ameaça de nova crise. Em alguns casos, este receio é tão intenso que leva o indivíduo a evitar atividades que desencadeiem estas sensações. Locais mais fechados, como shoppings com muita gente, também podem despertar o medo. A associação entre a crise e o local onde ela ocorreu pode acarretar numa evitação deste local. Por exemplo, alguém que teve uma crise de pânico num elevador pode se sentir ansiosa ao entrar novamente num elevador, passando a evitá-lo.
Geralmente o pânico se manifesta por apenas uma crise seguida de sensações de ansiedade de menor intensidade, confundidas como novas crises de pânico. Contudo, em alguns casos, as crises podem se tornar frequentes, levando o sujeito a um grande sofrimento.
Atualmente sabe-se que este transtorno tem uma causa biológica cerebral e por isto, o tratamento medicamentoso é necessário para a garantia de que novas crises não irão ocorrer. No caso de permanecer uma conduta muito evitativa, um medo persistente de nova crise ou um controle excessivo das sensações corporais, a terapia cognitivo-comportamental está indicada.
