Coisas para pensar quando se está de dieta.

Características de quem come demais:

  1. Confundir fome com vontade de comer.

Perder a noção da diferença entre vontade de comer e fome propriamente dita. Assim um exercício interessante é ficar um dia inteiro sem comer para realmente sentir o que é fome.

  1. Baixa tolerância à fome ou a vontade de comer

Neste exercício acima, a pessoa vai perceber o quanto consegue tolerar a sensação de fome e o quanto esta sensação a perturba. Alguns conseguem, mais facilmente, se distraírem a fim de não sofrer tanto com a fome; outros absolutamente não conseguem fazer nada, ficando irritados e mau humorados.

  1. Se enganar sobre o quanto come.

A noção de quanto a gente precisa para saciar a fome e o que comemos por gula é um exercício bastante difícil de ser realizado. Algumas características podem ser reavaliadas: o uso de pratos grandes, servir muito de uma vez só, repetir sem pensar, etc.

  1. Ter sentimentos muito ruins quando ganha peso.

Qualquer grama ou quilo adquirido gera uma enorme frustração e a ideia de que “nunca vai dar certo” é o estímulo para abandonar o esforço e comer o que quer.

  1. Comer porque todos estão comendo da mesma forma ou a mesma coisa.

Pequenas dicas para iniciar:

  1. Sempre sentar para comer.

Não comer rapidinho na frente da geladeira. Colocar o alimento sobre  a mesa e sentar-se à ela.

  1. Só comer.

O momento das refeições ou mesmos dos lanches devem ser desfrutados. Por isto prestar atenção naquele momento, sem se distrair com mais nada, como ler ou especialmente olhar TV.

  1. Tentar parar para sentir a comida no estômago.

Antes de repetir, dê uns minutos para prestar atenção às sensações corporais e de como sente seu estômago. Este pode ser o primeiro passo para evitar comer demais.

  1. Só comer depois de pensar o que vai comer ANTES.

Pensar e decidir o que vai comer antes de iniciar a comer. Quando se está com fome, come-se o que  o que tem pela frente, uma coisa depois da outra, sem critério nem ordem. Planejar o que vai comer, especialmente antes de sentir fome, é o ideal.

  1. Quando colocar a comida no prato, dê uns minutos e olhe o tamanho da porção tentando avaliar se aquela quantidade é muito grande ou adequada. Aos pouco pode-se ir diminuindo as porções e se acostumando a comer menos a cada etapa.

Avanços no conhecimento das doenças mentais

Nestes últimos anos, a depressão e os transtornos de ansiedade, como o pânico e a fobia social, tem ocupado um bom espaço na mídia em geral. Todos já ouvimos sobre estes assuntos em revista, jornais e até artistas estão assumindo que já sofreram de algum transtorno mental. Isto é muito bom, pois diminui o tabu a respeito destas doenças, facilitando com que as pessoas as identifiquem e procurem ajuda. Mas toda esta mídia em cima destes transtornos está diretamente ligada às modificações que a medicina sofreu nestes últimos anos na área da psiquiatria. A década de 90 foi considerada a década do cérebro. Terminamos a década do cérebro e estamos iniciando a década da biologia molecular. Conhecemos as células e agora buscamos os gens. Nas décadas de 70 e 80 houve um grande avanço no conhecimento de como o cérebro funcionava. Descobriu-se que os neurônios, as células que constituem a base do nosso sistema nervoso central, se comunicavam através de mediadores. Isto é, substâncias químicas que eram liberadas por uma célula e que ao chegarem à outra modificavam o funcionamento desta segunda célula, e o resultado disto era  uma modificação do nosso humor, por exemplo. Assim, definiu-se melhor como nosso humor poderia ser modificado: através destes mediadores, os quais muitos de nós já ouvimos falar: serotonina, noradrenalina, dopamina, opióides e muitos outros. A partir destes conhecimentos foi possível desenvolver-se novas medicações que são usadas não só para o alívio dos sintomas como para o tratamento destes transtornos.